Em 30 de novembro de 1986, uma pequena aeronave de passageiros rumo à Ilha da Madeira caiu no Oceano Índico, a cerca de 2.500 km da costa da África Oriental. O Voo LAM 470, operado pela companhia aérea moçambicana LAM, foi um dos piores acidentes aéreos da história de Moçambique, matando todos os 34 passageiros e tripulantes a bordo.

A queda do avião foi inicialmente atribuída a uma falha mecânica, mas uma investigação subsequente revelou que vários erros humanos e falhas de segurança contribuíram para o desastre. A tripulação do voo LAM 470 tinha experiência limitada e não estava adequadamente treinada para lidar com condições climáticas adversas. Além disso, o plano de voo da aeronave não levou em consideração as condições meteorológicas em constante mudança e a rota escolhida expôs o avião a condições de tempestade.

Uma falha crítica também foi identificada na comunicação da tripulação. O piloto, co-piloto e engenheiro de voo não estavam trabalhando em concertação, o que levou a uma redundância nas tarefas da tripulação e gerou uma distribuição desigual das responsabilidades a bordo. O resultado foi uma confusão operacional que acabou por ser fatal.

A investigação sobre o acidente do voo LAM 470 mudou radicalmente a regulamentação de segurança da aviação em Moçambique e em todo o mundo. Além de melhorias nos regulamentos e práticas de segurança, a tragédia da LAM 470 destacou a importância da comunicação de tripulação para o desempenho da equipe.

Trinta e cinco anos depois do acidente de avião, a família e amigos dos passageiros e tripulantes da LAM 470 ainda sentem sua perda. O triste episódio foi um alerta para a necessidade vital de garantir rigorosas medidas de segurança em toda a aviação civil. Ainda há muito a ser feito para garantir uma aviação segura, mas a lembrança dos erros do passado tem permitido melhorias contínuas na segurança de voo para garantir que acidentes como o voo LAM 470 nunca mais aconteçam.